quarta-feira, 15 de agosto de 2007

"Ganhará teu irmão"

Hoje vou postar o comentário de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Nova Aliança, sobre o evangelho do dia.
Tocou-me profundamente, pois muitas vezes, por comodismo, por timidez, ou outros motivos, sou omissa diante das pessoas e situações.
Imagino quantos filhinhos podem se perder, por causa de nossos silêncios e medos. O mesmo acontece com o "dandelion", da foto acima, que se dissipa com o vento. A nossa meta, como cristãos, deve ser sempre de acolher, agregar... e nunca de separar, excluir!!
Por isso, peço a Jesus que me conceda um coração sincero como o de uma criança, e que deseje o Céu para todos os que cruzarem o meu caminho. E, não apenas deseje, mas trabalhe com afinco para que isso se realize. A força virá do Senhor!!
Mãezinha de Deus, ajude-me a mostrar pros amigos o qto preciso deles pra chegar ao Seu Filho. Dai-me um coração humilde...

"Ganhar e perder. Nossa sociedade capitalista entende muito bem de lucros e perdas. Mas cuidamos, em geral, de lucros e perdas materiais. Temos aquele livro de três colunas: deve/ haver/ saldo. Neste Evangelho, porém, está em questão a salvação das almas. Ou sua perdição eterna. No Juízo Final, virá o balanço inexorável... Uma certa mentalidade individualista – aliás, bem ao gosto de nosso tempo! – poderia levar o fiel a se preocupar em salvar a própria alma: cada um pra si e... Deus pra todos. Não cometer pecados mortais, cumprir os 10 mandamentos de Deus e os 5 da Igreja. Só para desencargo de consciência, uma esmolinha aqui e uma prenda para o leilão da paróquia. Ufa! Estou salvo!
Graças a Deus, não é assim. Ninguém se salva sozinho! Tanto que nossa omissão diante daqueles que correm o risco de se perder é um pecado grave. Viver uma vidinha tecida de comodismos e preferências, lazeres e conveniências, quando Deus se esgoela a clamar por operários para colher a messe que está madura (cf. Jo 4, 35b), certamente causará a nossa perdição! Seremos severamente cobrados por nossa indiferença diante do próximo caído na estrada de Jericó.
No Evangelho de hoje, o ensinamento de Jesus aponta para nosso compromisso em advertir o irmão que se desvia para, assim, lhe dar uma oportunidade de correção e conversão. Aponta para a responsabilidade dos educadores em corrigir o educando que erra, puni-lo adequadamente e reanimá-lo a voltar ao caminho do bem. Aponta para a irrecusável solidariedade que envolve a sociedade humana, independentemente de raça e cor, classe e nacionalidade. Estamos todos no mesmo barco!
Exemplos não nos faltam. A freira que é professora de ricos e deixa seu conforto para cuidar dos miseráveis de Calcutá. O jovem da nobreza espanhola que abre mão de seu brasão para levar o Evangelho à Índia, ao Japão e à China. O Papa já alquebrado que atravessa o planeta para falar de Jesus. O pastor negro que arrisca sua vida para defender os direitos de seus irmãos. A professora branca que ensina balé clássico na favela para ajudar os pequenos favelados a descobrirem a beleza...Madre Teresa, Francisco Xavier, João Paulo II, Martin Luther King e tantos outros mostram que isto é possível. A vida existe para ser dada, perdida, sacrificada. É assim que o outro será salvo.”

Orai sem cessar: “Anunciarei vosso Nome aos meus irmãos!” (Sl 22 [21], 23)



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